R$ 10 milhões! Essa pode ter sido a movimentação que o São João de Curitiba gerou à economia da capital paranaense. A estimativa é de João Guilherme Leprevost, diretor universal da CWB Brasil, organizadora da festança. Foram quatro dias de sarau no Meio de Eventos do Parque Barigui que, além de inovar e divertir o público, se consolidou já em suas primeiras horas porquê a maior e melhor sarau junina do Paraná.
Muita gente foi caracterizada e animada no São João de Curitiba, que teve mais de 30 milénio visitantes. (Foto: Allysson Berger)
O sucesso à economia da capital já começa com o esgotamento dos ingressos. Com tickets que variavam de R$ 28 a R$ 60, todos já estavam esgotados dias antes da sarau. Sem racontar as cargas de entradas com valores maiores, vendidos presencialmente na bilheteria nos dias de São João. Mais de 30 milénio pessoas lotaram o pavilhão nos 4 dias.
O feriado também colaborou, já que a cidade recebeu muitos turistas nos quatro dias. “Entre 20% a 25% do público do evento era de fora de Curitiba. Eles movimentam a rede hoteleira, restaurantes, carros de aplicativos e táxis, entre muitos outros serviços. Mais uma vez, o São João de Curitiba prova que as grandes locomotivas do Brasil são o agronegócio e o turismo. Apelamos às autoridades para que cada vez mais prestigiem e fomentem essas ações, que fazem a economia rodopiar”, disse Leprevost.
Filé de igreja e comidas típicas
Conforme os organizadores, a venda de brincadeiras, comidas e bebidas giraram em R$ 3 milhões, dentro do totalidade de R$ 10 milhões estimados. Na dimensão de gastronomia está Alisson Bizzotto, coordenador de churrasco do chef Marcos Oliveira, que vendeu, entre outros pratos, o filé de igreja, uma repasto com 1 quilo de músculos e acompanhamentos a R$ 138. Por esse mesmo valor havia o prato com 600 gramas de costela e acompanhamentos. Foram os cortes mais vendidos no evento.
Alisson conta que chegaram a aproximadamente 3 toneladas de carnes vendidas no São João de Curitiba.
“Nós ficamos sabendo da sarau e procuramos a organização para oferecer a venda do churrasco. Não fomos convidados. Nós é que enxergamos a boa oportunidade de negócio e viemos detrás”, disse o profissional, quase sem tirar o rosto da churrasqueira, atendendo um pedido detrás do outro durante as 12 horas diárias de sarau.
Alisson Bizzotto não saiu da frente da churrasqueira durante os quatro dias de sarau, vendendo principalmente o filé de igreja. (Foto: Giselle Ulbrich)
As comidas típicas também foram sucesso. A microempreendedora Andréia Grigório vendeu muro de 500 balas baianas carameladas por dia. Cada projéctil, do tamanho de um pequeno bombom, era vendido a R$ 5. Dos oito sabores disponíveis, seis já costumavam esgotar até o meio da tarde.
“Vendi quatro vezes o que eu esperava”, disse a empreendedora, que precisou produzir mais durante as madrugadas da sarau para dar conta das vendas.
O São João de Curitiba foi apresentado pelo Minipreço e patrocinado pela Fiat e O Farmacêutico. E também recebeu espeque do Viaje Paraná, Inverno Curitiba, Instituto Municipal de Turismo e Prefeitura de Curitiba. E para todos eles, os resultados foram surpreendentes e inesperados. No estande do Farmacêutico, por exemplo, o público fazia grandes filas para participar das promoções e lucrar um super brinde.
Andrea Grigóriu vende balas baianas e superou em quatro vezes o esperado em vendas. (Foto: Giselle Ulbrich)
Já o Minipreço levou uma pequena loja com alguns dos seus produtos mais vendidos.
“A teoria foi trazer visibilidade à marca. Não contávamos tanto com as vendas. Mas fomos surpreendidos. De estralinhos e produtos com capivaras a panelas, potes de plástico, balança e banquetas, muro de 200 pessoas por dia compraram de tudo cá no estande, a um ticket médio de R$ 15 por pessoa”, contou Alexandre Thomas Velho, gerente de loja do Minipreço.
Alexandre Thomas Velho, gerente de loja do Minipreço, disse que a intenção era fortalecer a marca. Mas se surpreenderam com as vedas na pequena loja montada na sarau. (Foto: Giselle Ulbrich)
Animação com amigos e família
Uma sarau desse porte também movimentou indiretamente muitos outros setores da economia, os quais nem é verosímil prezar a movimentação financeira: lojas de tecidos, de fantasias, acessórios e maquiagens, o transporte até a sarau, os vendedores ambulantes ao volta do pavilhão de eventos, etc.
As amigas Aline Montes, administradora de 31 anos, e a Fernanda Vieira, professora de 30 anos vieram animadas. Já compraram ingresso no primeiro lote, ao preço promocional de R$ 38 uma dupla de entradas. Gastaram muro de R$ 80 de carruagem de aplicativo para ir e voltar e trouxeram R$ 200 cada uma para gastar em comidas, bebidas e brincadeiras.
“Comprei o tecido do vestido por R$ 45 e gastei mais uns R$ 20 com a modista. O chapéu eu já usei em outro evento. Mas comprei esse ano por R$ 120”, contou Aline. Já a Fernanda investiu numa camisa xadrez por R$ 60, para poder vir à caráter. Isso dá um ticket médio de R$ 320 e R$ 440 para cada uma, em gastos totais com a sarau. Assim porquê elas, muitas outras pessoas vieram animadas e fantasiadas. Trouxeram até os pets caracterizados.
As amigas Aline e Fernanda, que estavam com uma enorme expectativa para o São João de Curitiba e compraram até roupas para a sarau. (Foto: Giselle Ulbrich)
“O evento começou a vender ingressos antes mesmo da gente anunciar. Nos surpreendeu. E é notável que vemos todas as idades cá. Tem gente que veio pra manducar um milho, mas também comprou uma paçoquinha, um quentão, gastou com brincadeiras para os filhos e netos. Um movimento interessante para a economia da cidade”, comemorou Guilherme Marcelino, da equipe de marketing da CWB Brasil.
Turismo no Paraná
O Viaje Paraná, do governo estadual, também montou um estande no evento. O ponto foi muito buscado pelos turistas, que além de tirar foto com a personagem Capivara, queriam informações sobre gastronomia e turismo no inverno.
Patrícia Gusso, gerente de eventos do Viaje Paraná, conta que receberam visitantes do Ceará, Bahia, Rio de Janeiro e Santa Catarina. São pessoas que vieram passar o feriado em Curitiba, mas souberam do São João e foram curtir a sarau.
Conforme uma pesquisa da Embratur, um turista estrangeiro gasta no Brasil muro de milénio dólares por dia (quase R$ 5.500). Já o turista “doméstico” pode gastar muro de R$ 2 milénio por dia na cidade que está visitando. São gastos que incluem hospedagem, sustento, passeios, transporte e diversos outros serviços porquê shoppings e farmácias.
“É uma economia limpa e que gera muito serviço e renda. E o Paraná tem muitos atrativos. Em muitos meses, as Cataratas do Iguaçu superam a visitação do Cristo Redentor (RJ). E Curitiba e região também têm centenas de atrativos. Nosso objetivo é fazer com que o turista que vem a negócios estenda a permanência por mais dois, três dias para saber a região. Temos um dos passeios de trem mais bonitos do mundo (que lotou no feriadão), o Parque Vila Velha, as vinícolas na região metropolitana com vinhos premiados e muitas outras atrações e gastronomia de primeira”, mostra Patrícia.
Estande do Viaje Paraná lotou com turistas em procura de informações sobre gastronomia e turismo no inverno em Curitiba e outras cidades do estado. (Foto: Giselle Ulbrich)
Vai ter São João ano que vem?
Uma coisa é certa. O São João de Curitiba foi um grande sucesso. Os quatro dias de feriado prolongado, aliados a uma boa organização e a um sítio médio e fechado, protegido da chuva e do indiferente em Curitiba, com atrações porquê a premiada quadrilha Luar do Sertão, levou a uma receita econômica que superou as expectativas de todos os envolvidos e visitantes.
Diante disso, o deputado estadual Alexandre Curi, presidente da Tertúlia Legislativa do Paraná, anunciou que buscará colocar o São João de Curitiba no calendário solene de eventos do Paraná. A segunda edição da sarau já está confirmada para o ano que vem.
São João e inverno em Curitiba
Além da sarau de São João, que já está confirmada para o ano que vem, Curitiba é o tramontana perfeito para quem quer curtir o indiferente com charme, cultura e boa gastronomia. Durante oinverno, dos dias 12 de maio a 31 de agosto, a cidade se transforma em um palco de experiências acolhedoras, com eventos culturais, feiras temáticas, apresentações musicais, teatro e gastronomia típica que combinam com as temperaturas mais baixas.
Entre os pratos, o barreado, a feijoada e o chimarrão, além de pizza, vinho e simples, as sopas! Curitiba tem dezenas de buffets de sopas, uma mais saborosa que a outra. Moca? Também temos, pois os melhores cafés do Brasil são produzidos no Paraná.
As tradicionais Feiras de Inverno, nas praças Osório e Santos Andrade, são alguns dos destaques da estação, com produtos artesanais, comidas típicas porquê pinhão, quentão, bolos de milho e doces caseiros, além de peças de vestuário e decoração para aquecer corpo e espírito. Experiências que só a capital mais fria do Brasil sabe oferecer.
Além das feiras, Curitiba oferece uma programação diversificada ao longo da estação, com shows, festivais gastronômicos, exposições, sessões de cinema temáticas, eventos esportivos e muito mais. A cidade convida moradores e visitantes a aproveitarem tudo isso de forma segura e aconchegante, em meio a parques, cafés, vinícolas, chácaras de lazer e restaurantes rurais e uma rica cena cultural.
Seja para saborear um prato típico, ver a um espetáculo ou unicamente caminhar pelas ruas históricas do meio, Curitiba é, sem incerteza, o melhor lugar do Brasil para viver o inverno com intensidade e estilo.