Os holofotes nunca o abandonaram, mas, recentemente, ele ressignificou a própria história. Aos 41 anos, Junior encara atualmente uma período totalmente dissemelhante do que viveu por quase 20 anos ao lado de Sandy: o recomeço em uma curso solo. No próximo dia 2 de agosto, Junior estreia a segunda rodada de shows da Solo Tour, sua primeira turnê solo, em Curitiba — e a cidade, segundo ele, promete ser palco de uma noite memorável. Veja a entrevista completa aquém.
“É demais, faceta. Acho essa vivenda linda, linda, linda, esse espaço ali pra fazer show. Todas as vezes que eu vi ou foto ou vídeo de qualquer show, de qualquer companheiro tocando lá, eu fico sempre seduzido. Eu acho que deve ter uma pujança muito privativo nesse lugar”
comentou Junior, entusiasmado com a estreia na Ópera de Arame.
Mais do que o cenário icônico, Junior destaca a expectativa pelo contato com o público curitibano em um momento tão significativo de sua trajetória.
“O público também de Curitiba, que ainda não consegui levar esse trabalho para Curitiba, logo acho que tem também um ineditismo nesse sentido. Acho que tem tudo para ser uma vibe incrível, muito volume. Eu tô muito entusiasmado pra esse show, vai ser lícito. E é estreia desse ano, logo tem um sabor privativo, um foco a mais, uma tensãozinha no ar que é muito boa, que é gostosa”.
Os ingressos para o show de Junior em Curitiba ainda estão disponíveis, com valores a partir de R$ 100. Clique aqui e compre o seu.

Com uma novidade período vem também um novo repertório. Junior revela que o show em Curitiba terá músicas diferentes no setlist. Embora prefira manter um pouco do mistério no ar, adiantou uma pista.
“Eu não vou poder falar tudo, porque senão acaba a perdão também, né? Um pouco de mistério tem que suceder. Mas vão ter… Acredito eu… Que vão ter duas músicas novas no show. Uma inédita, uma delas inédita.”
revelou Junior.
Além das novas composições, o repertório também traz releituras de músicas do pretérito — mas com critério. Os fãs já suspeitam de que o cantor vai incluir um hit da era de Sandy e Junior, Cai a Chuva.
Junior deixou evidente que carrega consigo unicamente aquilo que ainda ressoa com sua identidade atual.
“Coisas que não fazem sentido na minha veras de hoje em dia, coisas que não conectam… Pode ver até pelas músicas que eu trago do meu pretérito, são coisas que são coerentes com o meu momento atual ainda, sabe? Ou musicalmente, ou pela letra em si, pela mensagem em si.”
Ele cita, inclusive, músicas que não fazem mais sentido na sua voz. “Sei lá, trovar ‘Olha o que o paixão me faz’, não vou, sabe assim? Porque é isso, muito Sandy e Junior, principalmente a voz da minha mana, e ali é um outro universo completamente exímio.”

O artista e o processo criativo
Essa novidade período também é marcada por uma redescoberta pessoal e criativa. O tempo fora dos palcos — depois da turnê Nossa História, que reuniu Sandy & Junior em 2019 — permitiu que Junior reconectasse com sua origem.
“Ficou muito evidente pra mim o quanto eu sinto falta de tudo isso, o quanto eu preciso estar ativo pra me sentir vivo, criando, produzindo, compondo. Eu preciso desse processo, eu preciso do estúdio. Não sou um artista só de palco, só tradutor, eu preciso do processo todo.”
Ao mesmo tempo, ele diz se sentir mais seguro sobre seu som. “Foi ficando também mais evidente qual era a minha sonoridade, qual era o som que saía quando eu resolvia ter uma curso solo… Hoje em dia já é mais fácil, eu consigo saber qual é o meu som.”
Veja a entrevista completa com Junior:
Desafios da indústria
Mas nem tudo são flores no mundo da música atual. Junior demonstra incômodo com a velocidade e a superficialidade com que a arte é consumida.
“Hoje em dia há excesso de informação. Essa coisa de que as pessoas precisam permanecer criando polêmicas ou inventando 500 estratégias para conseguir reter a atenção do público, das pessoas… E isso é um negócio que é muito provocador, que também é muito desgastante”
comentou Junior.
Na avaliação de Junior, que também é produtor músico, fazer música com profundidade no ritmo que os artistas têm que fazer hoje em dia é muito difícil.
“Não existe, sabe? Portanto tudo é muito raso, tudo é só uma gracinha, só um negócio ou a tática do contraditório para poder conseguir atenção. Isso é puxado, isso tem hora que me dá uma desgastada. Essa demanda de teor e conteúdos, muitas vezes, que estão muito rasos, só em procura de atenção, isso, às vezes, me pega um pouco”.
Avaliando o mercado, Junior se sente na contramão. Mas ainda assim sabe que é o caminho que escolheu e se encontrou. Está feliz.
“Quando você está levando uma arte a sério, fazendo um trabalho mais pensando na profundidade da sua mensagem e não ser também super raso na maneira de falar e trazer, deixar o público pensar e interpretar aquilo. É um pouco uma contramão, de certa forma, com o momento atual da velocidade de informação e tudo mais. E também sinto uma dificuldade que, plataforma de streaming é rede social, logo você precisa de algoritmo, você precisa permanecer lançando coisa. E música não é assim, sabe? Pelo menos não deveria ser. Uma coisa atrapalha a outra mesmo”.
avaliou Junior.

Vida real: paizão, companheiro e bem-humorado
Fora dos holofotes, Junior vive uma rotina intensa uma vez que pai de dois filhos e marido. O artista é dissemelhante da pessoa que os mais próximos encontram. Ele diz que as pessoas nem sempre conhecem esse seu lado mais risonho.
“Eu acho que eu normalmente, quando estou nessa requisito cá de dar entrevista, quando eu estou uma vez que pessoa jurídica, eu fico um pouco mais, não sei se travado é a termo, mas perco um pouco a minha espontaneidade de siso de humor”.
Apesar disso, Junior revela que é uma pessoa muito humorada. E que inclusive gosta disso. O outro lado pessoal, o familiar, também é muito intenso.
“Eu sou uma pessoa muito humorada. Meus amigos falam que eu sou mais engraçado do que passa. Supra de tudo eu sou um paizão, marido, tô cuidando da minha família cá no meu dia a dia, tô cuidando dos meus filhos, vigilante a eles, ou brincando, vigilante às emoções, ao que não é dito. Sou muito conectado com a minha família.”
revelou Junior.
Ele brinca que uma das raras vezes em que conseguiu mostrar esse lado ao público foi no programa Que História é Essa, de Fábio Porchat: “Aquilo é mais parecido com o que eu sou no meu dia-a-dia.”

The Town
Junior também está escalado para o festival The Town, em São Paulo. Ele se apresenta no dia 13 de setembro, no palco Factory. E adianta que o show seguirá a risco da turnê.
“A gente vai tentar fazer o mais próximo provável do show da Solo Tour, porque é um show muito novo e muito bonito também, logo acho que a gente tem um material muito inédito ainda para trazer para o grande público.”
Mas ressalta que há limitações técnicas. Além do mais, o show terá uma hora, muito menos do que o normal.
“É um show de uma hora só e não é um palco que permite eu trespassar montando a estrutura que eu quiser. Mas dentro das possibilidades que a gente tiver, a gente vai tentar realizar o mais próximo provável do show.”
concluiu Junior.
