visita-joao-paulo-II-curitiba-45-anos-4

Há 45 anos, Papa João Paulo II reunia 1 milhão de pessoas em Curitiba

Entretenimento

Há 45 anos, o Paraná vivia um término de semana de mostra de fé e calor humano sem precedentes, com 1 milhão de pessoas, o que ainda não se repetiu em todo o território paranaense. A visitante do Papa João Paulo II a Curitiba, nos dias 5 e 6 de julho de 1980, em meio a uma viagem que passaria por 13 cidades brasileiras, mobilizou os moradores de Curitiba, que ganharam o reforço de fiéis vindos do Interno, de outros estados, e até de países vizinhos. Veja fotos aquém.

visita-joao-paulo-II-curitiba-45-anos-4
Foto: Reprodução Montão Museu da Imagem e do Som (MIS-PR) e Registo Público do Paraná.

Todos queriam ver e saudar o Sumo Pontífice, uma figura carismática e respeitada, que ultrapassou as fronteiras da Igreja Católica e conquistou admiradores de todas as religiões.

“Foi uma emoção muito potente vê-lo. O que senti dele foi uma pessoa muito carismática, muito querida. Assim porquê o Papa Francisco, o João Paulo II era uma pessoa muito humana, muito guloseima. Isso era o mais marcante nele”, definiu a funcionária pública Merli Garcia, que na era era datilógrafa da Morada Militar, no Palácio Iguaçu – cenário para um dos capítulos dessa história.

“Lembro que as pessoas pareciam mais felizes, alegres, parecia até que não tinham problemas. Foi um momento de muita felicidade para as pessoas, pois recebemos um Papa na nossa cidade. Você sentia isso quando conversava com os outros”.

Na chegada à cidade, vindo de Porto Feliz, João Paulo II beijou o solo paranaense mal desceu do avião, às 16h30 do dia 5 de julho de 1980. A bordo de um micro-ônibus transformado em Papamóvel, a santidade partiu em carreata até o Estádio Couto Pereira, no bairro Eminente da Glória.

visita-joao-paulo-II-curitiba-45-anos-10visita-joao-paulo-II-curitiba-45-anos-10
Foto: Reprodução Montão Museu da Imagem e do Som (MIS-PR) e Registo Público do Paraná.

Já nesse trajeto até o primeiro evento solene, pôde sentir o carinho dos populares, que ocuparam as margens da pista, usando todo espaço provável para escoltar a passagem do visitante ilustre. Esse entusiasmado “comitê de boas-vindas” recebeu em retribuição acenos e bênçãos do Santo Padre, logo com 60 anos de idade, e sempre exibindo um sorriso real.

As ruas estavam todas enfeitadas para a ocasião. E o cenário hospitaleiro foi completado com chuva de papel picado.

Integrante de uma família católica, Nilton Cesar Bassi tinha 12 anos e lembra muito daquele momento.

“Criou-se uma expectativa muito grande quando ficamos sabendo que ele vinha para o Brasil. Estava todo mundo muito ansioso por essa visitante. Eu estudava no Hauer e nós estávamos de férias. Mesmo assim, fomos para o escola e recebemos bandeirinhas do Vaticano e do Brasil. Subimos para a Avenida Marechal Floriano Peixoto e ficamos esperando pelo Papa”, relatou ele, que hoje atua porquê facilitar administrativo do Registo Público do Paraná. “Eu me lembro que ele passou pela canaleta, estava referto de gente. Foi realmente bastante privativo. Um momento interessante e único, principalmente para um garoto que tinha uma instrução católica, que sempre ia às missas no domingo e às vezes, apesar da vergonha, participava fazendo uma leitura”

relembra Nilton.

O estádio do Coritiba tinha sido escolhido para homiziar uma espécie de cerimônia de recepção ao Papa João Paulo II, com um público estimado em tapume de 70 milénio pessoas. O polonês, batizado Karol Jozef Wojtyla, logo percebeu quão numerosa e fervorosa era a comunidade de imigrantes de seu país no Paraná. Antes de guiar a vocábulo aos presentes, recebeu o sal e a broa polonesa, que beijou com devoção, e foi brindado com atrações culturais, porquê canções e danças tradicionais de regiões da Polônia. Algumas famílias de origem polonesa estampavam o orgulho trajando roupas típicas do macróbio lar.

visita-joao-paulo-II-curitiba-45-anos-2visita-joao-paulo-II-curitiba-45-anos-2
Foto: Reprodução Montão Museu da Imagem e do Som (MIS-PR) e Registo Público do Paraná.

Até uma vivenda típica dos imigrantes poloneses, levada da Colônia Thomaz Coelho, em Araucária, foi montada no gramado do estádio, sendo brevemente visitada e abençoada pelo Santo Padre. A construção, datada de 1883, foi posteriormente transferida para o Floresta Papa João Paulo II – espaço público projetado por Burle Marx, no Meio Cívico, para comemorar tanto a passagem do líder da Igreja Católica pela Capital, quanto a colonização polonesa no Paraná. A vivenda virou uma pequena capela em homenagem à Virgem Negra de Czestchowa, padroeira da Polônia, e que também é conhecida porquê Nossa Senhora do Monte Evidente.

Legado daquele evento que persiste até os tempos atuais, o Floresta do Papa fica quase ao lado de onde ocorreu outro grande momento daquele término de semana histórico: o Palácio Iguaçu, a sede do governo estadual, no Meio Cívico. Merli Garcia lembra que, entre os muitos documentos que teve que digitar referentes àquela ocasião privativo, um era sobre a vestimenta dos servidores.

“A gente teve que vir com uma roupa discreta, um tom mais clássico, sapato preto. As mulheres usaram cinza naquele dia. Era para ser um pouco mais tradicional, porquê pede uma visitante do Papa”

recordou Merli.