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Fernanda Abreu anuncia projeto rememorativo do disco Da Lata

Entretenimento

Com 43 anos de curso, marcados por uma trajetória inovadora e multifacetada, Fernanda Abreu retornou a Curitiba, na noite desta quinta (17), porquê principal atração de um dos novos polos culturais da cidade: a Rua da Música, localizada no Parque Jaime Lerner, entre a Ópera de Arame e a Pedreira Paulo Leminski.

Por ter uma curso que dialoga perfeitamente com a proposta do projeto, que pretende trazer frescor e novas possibilidades para a cena cultural curitibana, Fernanda foi a escolha certeira para dar partida nesta novidade empreitada, e entregou um show vibrante, à fundura da sua vigor jovial no palco. Veja a entrevista aquém.

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Foto: Lucas Sarzi/Margem B.

A rosto do pop brasílio

Fernanda começou a sua curso artística na filarmónica Blitz, que surgiu em 1982 com o megahit “Você Não Soube Me Amar”, abrindo as portas para todos os grupos de rock pátrio que estouraram na dezena de 80.

Ela integrou o grupo porquê backing vocal, em seguida invitação de Evandro Mesquita, vocalista e fundador da filarmónica, ficando conhecida nacionalmente porquê “Fernandinha da Blitz”. O sobrenome diminutivo e carinhoso a acompanha até hoje.

Depois a meteórica e curta curso da primeira temporada da Blitz, Fernanda foi convidada a lançar seu álbum solo em 1986 (data de rescisão da formação original do grupo), mas decidiu apostar em uma pausa, buscando erigir a sua própria identidade músico.

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Foto: Lucas Sarzi/Margem B.

Curso solo e reinvenção

Foi mal, em seguida alguns shows no final dos anos 80, em que se reinventou para o público, Fernanda lançou o seu primeiro álbum-solo, “SLA Radical Dance Disco Club”, em 1990. Com produção de Herbert Vianna, o trabalho marcou uma renovação de público para a artista, que se posicionou porquê uma das precursoras da novidade rosto do pop/rock pátrio naquele período, ao lado de nomes porquê Marisa Monte, Adriana Calcanhotto e Zélia Duncan.

O disco foi inovador ao trazer para a música brasileira a mistura de disco music, pop eletrônico, hip-hop e house, além do uso de samples (colagens de músicas de artistas diversos, mescladas ao som original de Fernanda).

Com isso, a cantora ajudou a erigir novas pontes para a cultura brasileira com a sua discografia em toda a dezena de 90. Inclusive, Fernanda foi pioneira na abordagem do funk, fazendo a transição do gênero (antes condicionado ao gueto), para as paradas de sucesso.

A curso de Fernanda continuou a seguir o caminho da inovação, e a consagrou definitivamente em 1995 com o álbum “Da Lata”. Neste registro, a cantora estendeu ao supremo as possibilidades artísticas, integrando o pop, o funk e o samba com elementos eletrônicos, levando os ritmos brasileiros não só para todos os cantos do país, mas também em uma bem-sucedida turnê mundial.

Entre momentos de intensa produção e longos hiatos, Fernanda sempre foi referência para artistas de diversas gerações, com um legado que só se renova ano em seguida ano.